Tem estatuto Municipal (a primeira carta de foral data de 1514; sede de Concelho confirmada pelo código administrativo de 1936).
Elevada de vila à categoria de cidade em 2 de Julho de 1993 pela Lei n.º 23/93.
Oliveira do Hospital situa-se à altitude média de 500 metros. Outrora, e muito provavelmente, o aglomerado populacional terá começado a formar-se mais baixo, na encosta virada a Sul, ao fundo da qual passa a Ribeira de Cavalos. Aí mais facilmente se poderiam aproveitar as nascentes de águas naturais e a zona era mais abrigada.
O primitivo nome da povoação foi Ulvária, que significa terreno alagadiço onde há ulvas, plantas que se desenvolvem naqueles locais. De Ulvária terá derivado para Ulveira e daqui, por analogia e deturpação, começou a usar-se Oliveira.
O nome Hospital resulta (…) da existência de uma Comenda da Ordem dos Hospitalários de São João de Jerusalém, também conhecida por Ordem de Malta.
Foi a Rainha Dª Teresa que, pelo ano de 1120 segundo consta, fez doação desta vila aos cavaleiros da referida Ordem – tratava-se na altura de uma herdade entre Bobadela e Oliveira do Hospital depois acrescentada com doação de particulares.
Oliveira do Hospital, por ser comendatária, uma das mais rendosas da Ordem de Malta, gozou de grandes privilégios e fez carta de foro aos seus moradores. É em 27 de Fevereiro de 1514, que D. Manuel I lhe concede um novo foral.
Quando D. João III mandou fazer o Cadastro de População do seu reino (o primeiro que é conhecido) existiam na área do actual concelho de Oliveira do Hospital, além desta, mais as seguintes vilas ou concelhos: Avô, Bobadela, Lagares, Lageosa, Lagos, Lourosa, Nogueira, Penalva de Riba d’Alva, São Sebastião de Riba d’Alva, Seixo e Vila Pouca da Beira – o concelho de Oliveira do Hospital era então mais pequeno do que a sua actual paróquia.
No século XVII já lhe vemos agregada a pequena paróquia da Lageosa, mas foi durante o século XIX com as sucessivas reformas de âmbito administrativo e judicial que, pela extinção dos pequenos concelhos limítrofes de Lagares, Lagos da Beira, Nogueira do Cravo e Bobadela, o concelho de Oliveira do Hospital ficou com nove freguesias e, mais tarde, pela extinção dos concelhos de Penalva de Alva, Ervedal da Beira, Avô e São Gião, ficou com um total de vinte freguesias.
E assim se manteve até 1988, ano em que, por desanexação de um lugar da freguesia de Ervedal da Beira, foi criada a mais recente freguesia do concelho: Vila Franca da Beira.
Vinte uma eram agora as Freguesias que formavam o extenso concelho de Oliveira do Hospital, e em que a maior parte tinha característcas e tradições bem diferentes entre si mas com um traço comum – o aspecto e o espírito beirão.
No entanto, em 2013, e após a entrada em vigor da nova lei que aprova a reorganização administrativa do território de freguesias, o concelho de forma inversa passa a ter apenas 16 Freguesias. Onze mantêm na sua designação a génese do seu nome: Aldeia das Dez, Avô, Bobadela, Lagares da Beira, Lourosa, Meruge, Nogueira do Cravo, São Gião, Seixo da Beira, Travanca de Lagos ; e dez são extintas de forma a criarem-se as novas designadas “União das Freguesias” de Ervedal da Beira e Vila Franca da Beira, de Lagos da Beira e Lajeosa, de Oliveira do Hospital e São Paio de Gramaços, de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira, de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira.
Oliveira do Hospital foi berço de notáveis poetas, músicos, escultores, historiadores e cavaleiros: Domingues Joannes (séc. XIII), Frei André Amaral (1540-1523), Brás Garcia de Mascarenhas (1596-1656), Dr. António Ribeiro Garcia de Vasconcelos (1860-1941), Dr. Adelino de Abreu (1869-19..), Manuel Cid Teles (1911-2009), entre outros.